quarta-feira, 27 de maio de 2009

Dia 26 - Sem Palavras, Mr. Krapp!


Na última sexta-feira fui assistir à peça “Ato sem palavras e A última gravação de Krapp”, em que Sergio Britto atua. A peça é de Samuel Beckett. Na verdade, não gostei da peça. Contudo, sem querer, ela tem tudo a ver com esse blog, com uma única diferença: esse blog busca trazer uma certa ESPERANÇA, na peça não há. Há o vazio. Há o Mr. Krapp. “Krapp” significa “merda” em alemão. Realmente, o niilismo é krapp.


“O niilismo se revela em um sentimento de que nada vale à pena, e de que todo e qualquer ato se equivale. Não se sabe mais o porquê, e há a incômoda sensação de que falta uma meta, um objetivo para viver. Não há mais amor, criação e desejo, não há mais élan para entrar nas peripécias e realizações do viver. A vida se torna apática e definha com o domínio de paixões tristes, criando uma sensação de cansaço e enfado diante do mundo. O niilismo é um processo histórico, mas seus sintomas são percebidos psicologicamente, na sensação de vazio, de falta de uma meta, em suma, do estranhamento diante deste mundo em que se tem que viver sem saber por quê.” - Fonte


Mas, afinal, o que tirar disso?


Tenho que contar o que acontece no “Ato Sem Palavras”. Um homem está em um lugar muito claro, tão claro que arde nossa vista. Ele está lá, sedento (acredito que seja água, mas poderia ser pinga, sei lá...). Então, aparece uma garrafa de água (vou considerar água). Em todo o ato ele se esforça para alcançar essa garrafa de várias maneiras, mas nunca consegue. Ele tenta várias opções, mas não dá certo e as circunstâncias são contrárias. Por fim, ele cansa e pára. Então essa garrafa fic na frente dele, imóvel, à sua disposição.

Então o que ele faz? Nada! Absolutamente nada. E a garrafa vai embora. Fim.

De matar, hein?

A verdade é que ao longo de nossa vida, estamos sedentos atrás dessa garrafa. Corremos atrás dessa garrafa, porque essa GARRAFA é o sentido da nossa vida. E você usa recursos, estratégias, tempo, relacionamentos por causa da GARRAFA. Aí, depois de muito tempo, a GARRAFA está lá quase que se ajoelhando e te falando “me pega”. Aí, você pensa: “Não faz o menor sentido”.

Claro, pois é mais uma GARRAFA. Nenhuma GARRAFA jamais deu sentido e satisfação à vida de ninguém. Isso me faz lembrar deste post: Tenho sede, tenho fome.

Talvez para uma pessoa de até 40 anos, isso não faça sentido, mas para uma pessoa de 60 faça muito sentido. Afinal, quando você “chegar lá” e ver que aquilo já não serve mais para lhe matar a sede, vai ser frustrante.

Com isso, aí vai minha pergunta para pensar:


1. O que você considera uma GARRAFA hoje na sua vida? Você está fazendo disso o sentido da sua vida? Caso esteja, você acha que isso vai lhe dar toda a satisfação?

(Eu confesso que devo ter umas garrafinhas na minha vida, mas aos poucos elas vão deixando de existir). Obs.: Esse post não se trata de ausência de sonhos. Ele é sobre a busca eterna por mais uma GARRAFA.


Abs.



Fonte da imagem
Texto bacana:

Um comentário:

  1. Sempre me perguntei por que Jesus começou o Seu ministério terreno transformando água em vinho? Ele bem poderia tê-lo iniciado com algo mais extraordinário, como a multiplicação de pães e peixes para alimentar uma multidão de famintos; a cura de dez leprosos, um agradecido - que também foi salvo do inferno, e nove ingratos. Quem sabeJesus poderia ter andado por sobre as águas, livrado Pedro do afogamento. Ah sim, talvez fosse um bom começo ressuscitar um morto já apodrecido, como fez com Lázaro. Por que começar transformando água em vinho? O que há algo de extraordinário nisso?



    Um dia percebi que nenhum desses milagres, todos maravilhosos, pode ser comparado ao extraordinário milagre da transformação de água em vinho, exatamente porque só ali, ao contrário dos demais, Jesus alterou a essência do objeto. Quem sabe num prenúncio de qual seria de fato o Seu maior milagre - a alteração da essência humana. Em Cristo, o novo homem está para o velho homem assim como o vinho está para a água.



    Quando alguém é de fato tocado por Jesus Cristo, é irreversível e passivelmente transformado em sua essência. Sua velha natureza fica para trás, passando a conhecer os efeitos do homem espiritual, em lugar de viver atado e limitado ao homem que era. Jesus chama esse milagre de "novo nascimento". Coisa que só o verdadeiro cristianismo tem, coisa que só os verdadeiros cristãos entendem!



    Essa é a Obra de Jesus - transformar sempre para melhor! Fazer de todo e qualquer "Simão", um Pedro; das samaritanas, produzir vida irrepreensível de compromisso, vitória, e glorificação a Deus; dos rebeldes e equivocados "Saulos" da vida, incomparáveis "Paulos"! Transformar a mente, o coração, a linguagem, o comportamento, o andar, os valores naturais, a saúde, o lar, os negócios e a maneira de fazer negócio. Regenerar, fazer nascer da Água e do Espírito.

    Não importa como esteja sua vida, ou o resto dela, Jesus, e só Jesus, pode fazer novas todas as coisas!

    Ricardo César Vasconcelos

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