domingo, 10 de maio de 2009

Dia 19 - O tempo está passando, não se desespere


“Estou convencido de que o medo de morrer, de nossa vida chegar ao fim, não tira tanto nosso sono quanto o medo... que atinge a todos de que talvez não tenhamos vivido”

Harold Kushner

Sabe a música TIME, do Pink Floyd? Ela fala sobre a passagem do tempo, com um enfoque depressivo. Pois é algo do tipo: o tempo passou, você perdeu e não há nada que se possa fazer.

Esse sentimento existe, sim. Mas não é um sentimento bom e também acho que é um sentimento mentiroso.

(Nossa, será que um sentimento pode ser mentiroso?)

Como você está vivo, pois está lendo este blog, existe uma chance de tudo ter SENTIDO. Então, um certo tempo passou, mas você tem esse tempo que está agora nas suas mãos.

Não é preciso viver com culpa por causa do passado.

Certa vez eu li que se vivermos na expectativa de que “quando” tal coisa acontecer, eu serei feliz, você está trazendo a infelicidade para o dia de hoje.

“abraçar a sua mortalidade vai libertá-lo para ter uma vida significativa e realizada, sem arrependimentos”

“... tenho tido o privilégio de passar algum tempo com pessoas próximas do fim da vida. Enquanto várias delas lutam com os diferentes estágios da agonia da morte..., a maioria az mudanças radicais quando descobre sua condição terminal. Dão-se o direito de dizer o que de fato sentem e de fazer aquilo que realmente querem. Pedem perdão e perdoam. Não pensam mais apenas em si mesmas, mas procuram aqueles que amam e lhes dizem quanto realmente significam. Assumem riscos que jamais correriam antes e deixam as preocupações de lado, aceitando com gratidão cada novo dia. Parece que adquirem uma nova percepção em relação às prioridades, como o relacionamento com Deus e o propósito de deixar legados que perdurem.”

Trechos do livro: “Um mês para viver: Trinta dias para uma vida sem arrependimentos”, de Kerry & Chris Shook


A pergunta para pensar é:


Se você tivesse um mês para viver, o que mudaria?

2 comentários:

  1. "Mulher, onde estão eles? Não ficou ninguém para te condenar?
    Nem Eu tampouco te condeno. Vai e não peques mais.” (Jesus Cristo)

    ( Evangelho de João, 8.11)

    Com estas palavras Jesus despediu uma mulher trazida até a Sua presença por fariseus e mestres da lei no pátio do Templo. Este encontro, registrado no capítulo oito de João, é fonte de muitas lições sobre uma espiritualidade fundamentada no Princípio do Amor, manifesto através de atos de compreensão e misericórdia.

    Quando a mulher chegou até a presença de Jesus, já estava sentenciada e praticamente executada. Os homens que a levaram àquela situação queriam apenas usá-la para incriminar Jesus por Suas próprias palavras. E como Ele age?

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  2. Primeiro, ignora a chegada dos religiosos, sempre tão prestigiados pela população em geral. É necessário que insistam muito para que Jesus dirija-lhes a palavra. É como se Ele estivesse dizendo que aquele tipo de pessoa não lhe atraía – hodiernamente, correspondem exatamente aos representantes eclesiásticos que nós mais tememos e veneramos, aqueles que têm o poder de arrastar e julgar os pecadores em praça pública - Jesus parecia estar mais interessado num desenho na areia.

    Quando resolve quebrar o silêncio, dirige-se aos religiosos e diz: "Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher" (v. xx) - e volta a escrever no chão. Estas palavras invertem as posições. De algozes, os religiosos passam a réus de suas próprias consciências, e começando pelos mais velhos até os mais novos, todos, emudecidos, deixam o local. A espiritualidade do amor é aquela que nos faz soltar as pedras, que nos faz voltar para dentro de nós mesmos tomados pela consciência de que também precisamos de perdão e restauração.

    Num segundo momento lindíssimo desse texto, Jesus pergunta à mulher onde estavam os seus acusadores, e se alguém a havia condenado.

    Vemos nestas questões um ato terapêutico profundo. Jesus se dirige a uma mulher que se sabia pecadora e pergunta-lhe onde estavam os puros que a condenavam e a julgavam. Onde estavam os perfeitos que, diferentemente dela, não cometiam pecados? A mulher responde que eles haviam-se ido embora sem condená-la.

    A resposta da pecadora era necessária no processo da cura. Era necessário que ela dissesse com os seus próprios lábios: "Não, ninguém me condenou", para ouvir, em seguida, de Jesus: "Nem Eu tampouco te condeno. Vai e não peques mais".

    É isso que o amor faz: dá novas oportunidades, estende a mão para curar a alma, a ferida, revela a semelhança de todos os homens em sua miserabilidade e carência da bendita e surpreendente misericórdia do Pai...

    Martorelli Dantas

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