sábado, 2 de maio de 2009

Dia 13 - A pergunta do gato



Lewis Carroll era professor de matemática na Universidade de Oxford quando escreveu o seguinte em “Alice no País das Maravilhas”:

“- Gato Cheshire... quer fazer o favor de me dizer qual é o caminho que eu devo tomar?
- Isso depende muito do lugar para onde você quer ir – disse o Gato.
- Não me interessa muito para onde... – disse Alice.
- Não tem importância então o caminho que você tomar – disse o Gato.
- ... contanto que eu chegue a ‘algum lugar’ – acrescentou Alice como uma explicação.
- Ah, disso pode ter certeza – disse o Gato – desde que caminhe bastante”.


A resposta do Gato tem sido frequentemente citada para exprimir a opinião de que os cientistas não sabem para onde o conhecimento está levando a humanidade e, além disso, não se importam muito. Diz-se que a ciência não pode oferecer objetivos sociais porque os seus valores são intelectuais e não éticos. Uma vez que os objetivos sociais tenham sido escolhidos por meio de critérios não científicos, a ciência pode determinar a melhor maneira de prosseguir. Mas é provável que a ciência possa contribuir para formar valores e, assim, estabelecer objetivos, tornando o homem mais consciente das conseqüências de seus atos. A necessidade de conhecimento das conseqüências, no ato de tomar decisões, esta implícita na observação do Gato de que Alice chegaria certamente a algum lugar se caminhasse o bastante. Desde que esse “algum lugar” poderia revelar-se bem indesejável, é melhor fazer escolhas conscientes do lugar para onde se quer ir.

(René Dubos, O despertar da razão, São Paulo, Melhoramentos/Edusp, 1972, p. 165.)

Para refletir...


Eu sei, estou um pouco repetitiva, mas volto a perguntar...


Para onde você quer ir? E que decisão vai tomar no dia de hoje?



imagem

Até amanhã!

4 comentários:

  1. Oi,aceitei teu convite lá na comunidade de Filosofia...achei legal tua iniciativa,mais de propor reflexões do q impor verdades,coisa tão comum nesse mundo virtual,né?
    Li os dois posts de maio,conforme tenha tempo leio os outros,ok?
    Se quiser visitar,tbem tenho um blog,com proposta despretensiosa,apenas partilhar sentimentos e sensações sobre minhas experiencias...está feito o convite!
    um abraço,Denise.
    Gostei das imagens q escolheu...

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  2. "(...) Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos,
    e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo,
    que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles; (...)".
    (Atos, 14:15)



    Ao longo da Bíblia, nos deparamos com a narração de inúmeras histórias, que relatam as mais variadas situações, envolvendo indivíduos não muito diferentes de nós. Vemos histórias felizes, tristes, de amor, de ódio, rancor, etc.. Delas tiramos muitas lições de vida; de como agir e de como não agir.



    Mas o Pai escolheu Um, para que Nele fosse expressada toda a sorte de bons sentimentos, para que Ele fosse exemplo para a nossa conduta. Sabedoria, Mansidão, Paciência, Compaixão, Perdão, Longanimidade, Amor, Obediência, etc.. Realmente, em Jesus se concentraram todos os sentimentos e adjetivos – agradáveis, que o homem poderia desejar. Mas até Ele sentiu raiva (Mateus, 21:12), tristeza (Lucas, 19:41; João, 11:35) e um misto medo e peso da responsabilidade (Mateus, 26:39). Esvaziado da sua glória, veio para ser servo humilhado, demonstrando incomensurável superioridade e Amor por nós. Fazendo uma humana comparação, é como se o Presidente da República fosse ser, gratuitamente, servente num hospital público, para provar que conhece de perto a situação e estará conosco incondicionalmente.



    Tão bom seria se nós pudéssemos sair da "fôrma do Senhor" prontos e acabados, se em nosso coração não houvesse espaço para outro sentimento que não o Amor ensinado por Cristo... mas é por não sermos assim que, queiramos ou não, somos vasos nas mãos do oleiro (Jeremias 18:6), em contínua transformação.



    Apesar da nossa natureza decaída não permitir tamanha pureza, sujeitando-nos à mentira, rancor, sentimento de vingança, etc. - que nos afastam de Deus, a Sua misericórdia é a causa de não sermos consumidos (Lamentações, 3:22). Se refletirmos um pouco, chegaremos à conclusão de que é agradável ao Senhor ver nos Seus filhos o esforço constante para assemelharem-se a Jesus. E visto que nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra os principados e potestades, o Apóstolo nos recomenda que nos revistamos da Armadura(panóia) de Deus – verdade, justiça, fé, oração, perseverança (Efésios, 6:10-18), para que possamos lutar contra esses sentimentos que nos afastam do Modelo (Jesus), e dos propósitos de Deus (vida frutífera e santa).



    Sejamos perseverantes, sabendo que Nele sempre encontraremos Amor para nos ajudar a crescer, Sabedoria para agir, Força para caminhar, e Perdão, em caso de tropeço!

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