“O niilismo se revela em um sentimento de que nada vale à pena, e de que todo e qualquer ato se equivale. Não se sabe mais o porquê, e há a incômoda sensação de que falta uma meta, um objetivo para viver. Não há mais amor, criação e desejo, não há mais élan para entrar nas peripécias e realizações do viver. A vida se torna apática e definha com o domínio de paixões tristes, criando uma sensação de cansaço e enfado diante do mundo. O niilismo é um processo histórico, mas seus sintomas são percebidos psicologicamente, na sensação de vazio, de falta de uma meta, em suma, do estranhamento diante deste mundo em que se tem que viver sem saber por quê.” - Fonte
Mas, afinal, o que tirar disso?
Tenho que contar o que acontece no “Ato Sem Palavras”. Um homem está em um lugar muito claro, tão claro que arde nossa vista. Ele está lá, sedento (acredito que seja água, mas poderia ser pinga, sei lá...). Então, aparece uma garrafa de água (vou considerar água). Em todo o ato ele se esforça para alcançar essa garrafa de várias maneiras, mas nunca consegue. Ele tenta várias opções, mas não dá certo e as circunstâncias são contrárias. Por fim, ele cansa e pára. Então essa garrafa fic na frente dele, imóvel, à sua disposição.
Então o que ele faz? Nada! Absolutamente nada. E a garrafa vai embora. Fim.
De matar, hein?
A verdade é que ao longo de nossa vida, estamos sedentos atrás dessa garrafa. Corremos atrás dessa garrafa, porque essa GARRAFA é o sentido da nossa vida. E você usa recursos, estratégias, tempo, relacionamentos por causa da GARRAFA. Aí, depois de muito tempo, a GARRAFA está lá quase que se ajoelhando e te falando “me pega”. Aí, você pensa: “Não faz o menor sentido”.
Claro, pois é mais uma GARRAFA. Nenhuma GARRAFA jamais deu sentido e satisfação à vida de ninguém. Isso me faz lembrar deste post: Tenho sede, tenho fome.
Talvez para uma pessoa de até 40 anos, isso não faça sentido, mas para uma pessoa de 60 faça muito sentido. Afinal, quando você “chegar lá” e ver que aquilo já não serve mais para lhe matar a sede, vai ser frustrante.
Com isso, aí vai minha pergunta para pensar:
1. O que você considera uma GARRAFA hoje na sua vida? Você está fazendo disso o sentido da sua vida? Caso esteja, você acha que isso vai lhe dar toda a satisfação?
Abs.
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